28 de marzo de 2011

O mercado publicitário no Cenário Brasileiro.



Falar sobre o mercado publicitário exige, necessariamente, uma análise das limitações do mercado brasileiro de anunciantes, e esse reflete, por sua vez, a conformação da sociedade em seus aspectos econômicos, políticos e sócio-culturais.

Considerado até o início da década de 1990, pela Organização das Nações Unidas, um país subdesenvolvido, ou seja, de terceiro mundo, o Brasil ganhou outro "status". A globalização econômica impôs ao país a condição de "economia emergente", visto que a política econômica do plano real, implantada pelo Presidente à época, Itamar Franco, possibilitou a entrada de milhões de brasileiros no mercado consumidor, ampliando assim a oferta de produtos e serviços para um segmento da população até então distante dos hábitos de consumo. Esse crescimento da produção e do consumo brasileiros repercutiu, consideravelmente, sobre o volume de negócios publicitários, refletindo a mudança de mentalidade das organizações competitivas. Grandes organizações destinam, até, 50% do orçamento do marketing para a publicidade.

O mercado publicitário brasileiro acumulou um crescimento médio de 24,96% no primeiro bimestre do ano de 2010 em relação ao mesmo período de 2009, conforme levantamento do Projeto Inter-Meios, isso significa um investimento de R$ 3,24 bilhões em nove mídias.

A TV aberta continua a deter a maior fatia dos investimentos, com 63,19% do mercado. Em análise por mídia, a internet foi a que mais cresceu (33,9%), seguida pela TV por assinatura (33,06%) e pela televisão aberta (32,72%). As fatias da internet e da TV por assinatura no bolo das verbas publicitárias são de 4,46% e de 3,28% respectivamente.

O Brasil é o quinto mercado publicitário no mundo, segundo a Associação Brasileira de Agências de Publicidade, classificadas em seis categorias, segundo o critério de movimentação de verbas, 80% das agências de publicidade e propaganda brasileiras está na categoria seis, ou seja, entre as que movimentam o mais baixo volume de verbas. Apenas 13% das agências nacionais atingiram a categoria cinco.

No entanto, esse volume de negócios publicitários não é proporcional e nem tão significativo quanto o registrado na economia nacional. Para se ter uma idéia, uma sondagem feita pelo SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas, junto à 1.463 micro e pequenas empresas, revela que os recursos destinados por elas à comunicação divulgação e marketing foram da ordem de 0,3% do capital conseguido para implantação dos negócios.

Estudiosos e profissionais da Publicidade e da Propaganda Brasileiras vislumbram uma perspectiva positiva de crescimento do mercado de trabalho para o egresso de Publicidade a partir de mudanças significativas nos negócios da propaganda.

Vinicius Machado Miranda

Publicitário

Franca, Brasil, 21 de Março de 2011

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